Iker Casillas: "Digo definitivamente que sigo no Real Madrid"
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O capitão e goleiro do Real
Madrid e Seleção Espanhola, Iker Casillas disse que "não" o vê "saindo
este ano" do clube merengue, porque ele gosta de "desafios", mas
disse que nunca queria ser um problema para o clube que o viu crescer desde os 9
anos.
Do túnel de vestiários. Iker entrou
no Santiago Bernabéu com José Ramón de la Morena e lembrou da primeira vez que entrou
em campo. Foi em uma partida beneficente contra o Atlético de Madrid, que os
blancos perderam por 2-0. "Naquela época, tudo te deslumbra. Você tenta
fugir, mas não pode," ele diz. O que você sente quando o hino toca?
"Emoção, porque você é um privilegiado e a responsabilidade é maiúscula."
Depois Iker diz sobre seu ritual antes de cada jogo, o que toca na trave ... e
seu ombro direito.
Sua melhor história no túnel de vestiário.
"Os cumprimentos que nos damos e os olhares que temos. A tensão é grande.
Eu tenho o hábito de acabar com ela fazendo uma carantoña a Herrerín, o delegado
do campo." "Agora me dá sensação de paz e tranquilidade. Custa-me ver
agora o campo vazio", diz ele.
Uma área de goleiro especial.
"Dá vontade de deitar-se e ficar aqui a dormir", disse esta noite.
"Nesta área de goleiro tenho uma lembrança ruim. Os pênaltis contra o
Bayern, mas também outras muito boas", diz ele.
O seu futuro. "Eu não acredito
que a próxima temporada tenho que estar fora deste clube. Eu já disse que quero
me aposentar aqui. Gostaria de acabar aqui." Você faz como uma obrigação
contratual? "Eu faço porque me vejo bem. Sou um homem de desafios. No ano
passado tive um grande problema e superei." E sair como Raúl? "Eu não
tenho que me comparar a Raúl. Eu tive que viver uma situação que não gosto porque
está sempre no centro das atenções, mas você tem que enfrentar. Tudo muda e
você tem que se acostumar". "Eu me vejo bem. Se as coisas não funcionassem,
teria que sair."
A cessação de Ancelotti. "Este
é um clube muito exigente". "Eu quero agradecer a ele por tudo que fez
por nós. Eu poderia estar com raiva sobre a última temporada, que não joguei
muito, mas se vai uma grande pessoa e esperemos que lhe vá muito bem."
Você recebeu mensagens sobre a cessação de outros jogadores? "O tweet de
Cristiano é sua opinião. Eu entendo que se você está comprometido com ele, pode
dar-lhe essa despedida livremente." "Eu entendo que tudo o que faço
sempre será crítica para uns e outros. Desde aqui, agradeço a Carlo Ancelotti
tudo que ele fez para o Real Madrid. É muito nobre e merece tudo."
O vestiário com Ancelotti. O manejavam
os jogadores? "Sergio Ramos e Cristiano não o manejam, muito pelo
contrário." Você influencia menos? "Eu acho que influencio. Quando tenho
que dar minha opinião, me escutam mais do que antes. Eu não sou tão
temperamental como Cristiano, Sérgio ou Pepe, mas estou lá."
A substituição. "A minha
primeira substituição na época de Mourinho teve uma lesão e o técnico deu continuidade
a outro companheiro. Logo o que se envolveu, não tem que importar para mim. São
decisões do treinador. Na temporada passada, também optou pela continuidade de
Diego López e tinha que respeitá-lo."
Final da Champions League.
"Não devemos ficar com essa lembrança da jogada do gol", diz ele,
argumentando que viveu bons tempos na última temporada na Copa e Champions.
Seu primeiro banco. Você pensou
que poderia perder o trem quando Del Bosque te levou para o banco? "Sim,
eu pensei. César estava em um nível muito alto. Então eu tentei aproveitar
minhas oportunidades e voltei a jogar."
Um cara de sorte? "Eu tenho
uma cabeça que me fez forte. E também a sorte me acompanhou. Mas não acredito que
me tocou uma varinha."
A melhor lembrança no gol?
"Sempre que o público coroa meu nome. É um privilégio fazer parte deste
clube e estar nesses momentos, que eu sentia quando era criança e ia com meu
pai para assistir ao futebol.”
Rafael Benitez. "Eu o conheço
por sua carreira profissional e às vezes nos cumprimentamos", diz ele.
O ano mais difícil? "Foi
diferente. Desde a última temporada foi e pensei que essa tomaria o mesmo
caminho." "Parecia que tudo estava tranquilo, mas as coisas começaram
a se complicar... Eu não queria ser um problema para o Real Madrid. Depois de
25 anos o que eu quero é o bem comum das pessoas que vêm para este campo e dos
que estão em suas casas." "Eu sabia o que poderia acontecer este ano
e foi um desafio que tive de enfrentar."
A origem dos problemas. Começou
tudo com o chute de Arbeloa que te lesionou? "Vamos tirar o positivo das
coisas." Você fala com ele? "Temos uma relação profissional. Nosso
respeito é no campo. As pessoas não podem reclamar." Te faltou
solidariedade? "Eu nunca tinha estado tanto tempo lesionado. E lesionado não
está tanto no dia-a-dia da equipe."
A chamada para Xavi. Você nunca
reprovou Mourinho? "Parece que tudo está focado nisso. Não foi um
telefonema de amigos. Na chamada o que aconteceu foi muita tensão. Conversamos
Xavi, Puyol e eu a três bandas. Eu liguei para ele porque eu sou o capitão da
Seleção. Falei com Puyol e Xavi e lhes disse que não poderia dar essa imagem. Logo
voltamos a conversar e as coisas foram concertando". "Del Bosque
deu-nos o toque e nos organizamos".
Como levou Mourinho. "Eu sou
o capitão do Real Madrid, mas também da Seleção e de vez em quando tenho que
fazer alguma coisa. Se sentir mal a algum madridista por fazer algo por a Seleção,
sinto muito." Falou sobre isso com o treinador? "Nós conversamos
antes da minha lesão. Ele queria me dar um aviso." "Mas eu não queria
falar sobre isso porque não queria fazer um circo. Eu não me arrependo. Voltaria
a fazer o mesmo."
Onde se rompeu a relação? "A
relação era mais ou menos. Quando você é o capitão chega um momento em que você
tem que discutir com o treinador. A relação era ótima. Mas depois as coisas não
foram iguais. Talvez ele teve um problema e eu não sabia dirigir-me a ele para
que me contasse. Em seguida, chegou a lesão, estou fora e começa a falar de mim...
".
Santiago Bernabéu. Queria chorar por
a situação? "Chorando não, mas chateado, sim. Isso é o que tem o Real
Madrid: exige-te e tem que estar à altura." "São 25 anos aqui e se
você tiver a um nível 8, não terá permissão para estar em um 7,5." O que
você acha das vaias, e dos que te chamam de topo? "Eu fico com os que
aplaudem. Aos que vaiam, tenho que dizer que temos algo em comum: que ambos queremos
que o Real Madrid ganhe jogos e títulos."
Florentino Pérez. "A relação
é muito correta. Esta temporada tem outra posição diferente das anteriores. Não
pode estar sempre conosco."
A chamada do clube. "Eles
disseram que querem que eu continue". Insinuaram que vão trazer outro
goleiro? "Encantado, devemos dar a boa vinda e competir." Não é um
pulso entre o Real Madrid e Casillas? "Eu odiaria pensar que damos essa
imagem. Pelo contrário. O que eu realmente gostaria seria terminar a minha
carreira aqui."
De Gea. "Ele é um garoto belíssimo.
Nós conversamos na Seleção. Como goleiro, é uma realidade. É presente total. Se
ele vier, vai ser bem recebido e temos de competir, como na Seleção.
Keylor Navas. "É mais um goleiraço
e uma pessoa maravilhosa. Mas só pode jogar um. Ele se saiu no Levante e fez
uma Copa do Mundo fantástica." Você já perguntou a Florentino quem traria?
"Às vezes, sim. Eu gosto de Asenjo, Sergio Rico... e também De Gea."
"Se vem algum, eu aguentaria porque em meu contrato não existe nenhuma
cláusula que coloque que tenho que ser titular. Não quero ser um problema para
o clube." "Hoje, na próxima temporada Iker permanece no Real
Madrid", diz ele.
Os últimos anos. "Foi um
pouco pesado me ver tanto na mídia, mas você entende que estar neste clube faz que
esteja sempre no centro das atenções". Você já pensou em desistir?
"Eu tive momentos, mas eu pensei nas coisas com ilusão, como um
desafio" O dia em que você esteve mais ferido? "Contra a Eslováquia tive
um erro e nós perdemos. Mas por teimosia ou orgulho, isso faz você continuar a
lutar", diz ele.
Seu armário. "Eu tenho uma foto
e vários troféus de quando era criança". A foto mais bonita que você tem?
"Chorando, quando vencemos a Liga de Capello" E a melhor defesa?
"Nas eliminatórias contra Bayern e United ao principio."
O pior atacante. "Teve muitos:
Messi, Eto'o... Teve muitos. Eto'o teve uma fase que me custou muito. Houve uma
fase que me desesperava". "Messi te inspira muito respeito."
A melhor defesa. "Tenho duas:
Sergio Ramos, um central completíssimo e um líder nato e Fernando Hierro".
Sergio Ramos. Pode-se corrigir o
distanciamento com o presidente? "Ramos é patrimônio do Real Madrid. Não
só pelo gol de La Décima, mas pelos dez anos trabalhando aqui e pela coragem
que mostra em cada momento. Espero que tudo chegue a dar frutos."
Vaias. "Eu sempre penso que
as coisas podem mudar. E espero que assim seja, porque busco fazer as coisas
bem."
A despedida de outros. Você sentiu
inveja da despedida de Xavi ou Gerrard? "Não, porque eu não estou me
despedindo. Estou feliz porque eles merecem."
Topo. O que te fere mais, que te
chamem de topo ou que digam que você está acabado? "Que me digam que estou
acabado. Mas, quanto ao de topo... tenho muitos anos aqui. Tenho uma relação
com vocês (jornalistas), mas que seja um topo... Bendito apelido que me
tocou."
O jogo contra o Valencia. Foi
especialmente difícil? "Minha reação foi espontânea. A noite foi difícil,
porque nós dissemos adeus para as opções na Liga. Eu não estava feliz. O que
você faz então? Penso no próximo jogo. Nesse momento o que quer é que a equipe siga
adiante."
Eurocopa. "Eu não estou
pensando na Eurocopa. Estou pensando no dia a dia."
Jogando contra o Real Madrid.
"Seria estranho. Como em uma homenagem... Um Real Madrid-Ávila. Não
imagino".
Seguir no Real Madrid.
"Parece feio dizer que tenho um contrato. Eu sou tranquilo. Se o clube não
me quisesse, me diria. Mas me disseram tudo ao contrário".
Redatora:
Jenifer Katrine