PÂNICO PRÁTICO! Mesmo com partida heroica da Juve, Real Madrid se garante na semi-final da Liga dos Campeões.
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Nessa
tarde de quarta-feira, tivemos a partida de volta válida pelas Quartas de Final
da Liga dos Campeões da UEFA. Na partida anterior, disputada semana passada, o
Real Madrid saiu de Turim com um placar de 3 a 0 após vencer a Juventus em uma
partida antológica.
Na
primeira partida, dois gols e uma assistência de Cristiano Ronaldo em um placar
completado com Marcelo. A partida teve como destaque o retorno de Isco ao time
titular, após um momento da temporada em que o técnico Zinedine Zidane passou a
escalar a equipe em um 4-4-2 com Asensio e Vázquez jogando nas pontas, e com
uma dupla de atacantes com Cristiano Ronaldo e Benzema. O meia espanhol
justificou sua escalação, contribuindo com uma assistência na abertura do
placar e saindo de campo na reta final da partida com um aproveitamento de cem
por cento nos passes.
E
agora voltamos pra Madrid, com o placar agregado já iniciado com 3 a 0.
Classificação garantida? Aqui é Liga dos Campeões, meu caro.
O JOGO:
Houveram
apenas duas novidades no time que vinha sendo titular. Primeiramente, Bale
jogando ao lado de Cristiano Ronaldo por opção técnica (infelizmente a péssima
temporada de Benzema causou isso). A segunda novidade foi na defesa, afinal, na
semana passada, Sergio Ramos que já vinha pendurado tomou um carão amarelo e
garantiu a suspensão para a partida de hoje. Com a lesão de Nacho, os únicos
zagueiros de ofício da equipe eram o inconstante Raphael Varane e o novato Jesus
Vallejo.
Nenhum
dos dois zagueiros é incapaz, fraco tecnicamente ou fisicamente, porém, a
temporada em si não os ajuda. Varane era considerado o “futuro melhor defensor
do mundo”, mas nunca conseguiu alcançar o patamar que as projeções o colocavam.
Enquanto isso, Vallejo veio de uma boa temporada no Frankfurt, mas em Madrid
não despontou.
Afinal,
por que estou pegando tanto no pé da dupla de zagueiros? Porque aos dois
minutos após um desastre total na defesa Mario Mandzukic abriu o placar ao
receber um cruzamento de Khedira. Na jogada seguinte o placar poderia aumentar,
mas contamos com a fama de Higuain de perder gols feitos para manter a vantagem mínima.
O
Real Madrid tentou tomar a dianteira, com boas chances de Bale, um gol anulado
do Isco por impedimento e uma bola na trave acertada por Varane em um
escanteio. Mas, aos 37 minutos Mandzukic fez seu segundo gol de cabeça. 2 a 0,
paciência, bola pra frente.
Marcelo, capitão na partida de hoje. (Fonte: Defensa Central)
No
segundo tempo Zidane fez alterações que mudariam totalmente as condições da
partida, já voltando com Lucas Vázques e Marco Asensio no lugar de Bale e
Casemiro. Entretanto, era uma incógnita saber como isso funcionaria na partida.
A
mudança mudou a formação do time em campo e a dinâmica do jogo, permitindo uma
maior amplitude ofensiva, mais velocidade nas pontas. MAS, todas as boas
chances paravam na defesa bem postada da Juventus, ou em Buffon que fazia a
partida de sua vida. Tudo parecia sob controle, até uma nova série de
bizarrices na defesa que culminaram no terceiro gol dos italianos, marcado por
Matuidi após uma defesa monstruosa do goleiro merengue.
Até
os 30 minutos do segundo tempo não houveram grandes mudanças no jogo, com a
Juve passando a jogar valorizando mais a defesa na tentativa de controlar o
placar que levaria a partida à prorrogação. Um par de ocasiões, respectivamente
de Isco e Varane deram esperanças de que o placar poderia mudar, e por sua vez,
o Real Madrid passou a ter mais estabilidade no meio de campo com a entrada de
Kovacic no lugar de Modric. Um croata por outro, com Kova compensando a menor
habilidade técnica com um maior poder de marcação.
Tudo,
absolutamente tudo indicava que teríamos prorrogação. Nenhuma das duas equipes
se arriscava mais, com um ou outro lance pontual. Até que quando restavam
quinze segundos para se cumprir os três minutos de acréscimo dados pelo juiz inglês,
Cristiano Ronaldo buscou uma bola já perdida e cabeceou para o gol. Buffon espalmou
a bola para o rebote de Lucas Vázquez, empurrado por trás pelo marroquino
Benatia e causando um pênalti no limite da partida. Houve briga e discussão com
o juiz que culminou na expulsão de Gianluiggi Buffon. Cristiano Ronaldo cobrou
com a mesma precisão de sempre e sentenciou a eliminatória.
Cristiano Ronaldo, herói da partida. (Fonte: Defensa Central)
O RESULTADO:
Com
o placar agregado iniciando em 3 a 0, esperava-se uma partida de recuperação da
Juventus, mas, esperava-se mais do próprio Real Madrid. A equipe merengue não
jogou necessariamente mal ofensivamente, com algumas boas chances parando na
genialidade de Buffon, mas, defensivamente foi um verdadeiro desastre. Vallejo
e Varane não passaram segurança em momento algum, gerando uma sensação de
desespero sempre que os italianos vinham para o ataque.
Com
toda a certeza, a partida histórica da Roma revertendo o placar de 4 a 1 contra
o Barcelona serviu de inspiração, afinal, futebol se equilibra entre técnica e
determinação. Hoje, a Juve foi toda determinação e coração. Com toda a certeza
o lance do pênalti que sentenciou a eliminatória repercutirá, embora Benatia
tenha condenado sua equipe em uma tentativa desesperada de parar Vázquez que
vinha para marcar um gol certo. Ouço falaram que houve roubo na partida, mas, o
correto seria ignorar o lance com a falta clara? Se uma partida de futebol
possui noventa minutos e acréscimos para compensar paralizações durante o tempo
regulamentar, todas as regras valem até que ocorra o apito final. Revejam o
lance, leiam as declarações dos jogadores e verão que a reclamação não foi por
haver ou não o pênalti, mas sim por ele ter sido marcado. Achei uma pena que
uma partida dessa magnitude acabasse assim, eu gostaria ver a prorrogação dessa
partida, e queria ver essa formação completamente maluca e desesperada que o Zidane
escolheu dando algum fruto. Cristiano Ronaldo é criticado por seus gols de pênalti,
mas, a segurança e a eficiência do português são assustadoras, e isso é
inegável.
A
partida de hoje não se limitava apenas a Real Madrid e Juventus, mas também a
Buffon que estava diante da possível última participação na Liga dos Campeões,
sem ter ganhado nenhuma vez a competição. Sou um grande admirador da carreira
do italiano, mas, ele teve o azar de precisar enfrentar o Real Madrid. E aí,
meu amigo, tudo complica, ainda mais no momento atual de domínio dos espanhóis
na competição.
FICHA TÉCNICA:
PLACAR: 1 – 3 (Agregado 4 – 3)
REAL MADRID ───
- 11 TITULAR: Navas,
Carvajal (■), Varane, Vallejo,
Marcelo (C), Casemiro (substituído por Vázquez no minuto 45), Kroos, Modric (substituído por Kovacic no minuto 70), Isco, Bale (substituído por Asensio no minuto 45) e Ronaldo (●).
- BANCO: Casilla,
Kovacic, Llorente, Teo, Benzema, Asensio e Vázquez.
JUVENTUS ───
- 11 TITULAR: Buffon (C■), De
Sciglio (substituído por Lichsteiner no minuto 14), Benatia, Cheillini, Alex Sandro, Khedira, Pjanic (■), Matuidi (●), Douglas
Costa, Higuain (substituído por Szczesny
no minuto 90+) e
Mandzukic (●●■).
- BANCO: Szczesny,
Lichsteiner (■), Asamoah,
Cuadrado, Sturaro, Rugani e Marchisio.