"E flutuamos da forma mais peculiar..."
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Terminada a singela homenagem a David Bowie, com um verso de Space Oditty no título do post, nesse último domingo (17 de janeiro), Montakit Fuelnabrada
e Real Madrid realizaram o clássico Derby Madrileño. Infelizmente, perdemos e
deixamos ainda mais fraquezas expostas. Se existe uma hora pra juntar os
pedaços e reagir, é agora.
O JOGO
No Pavilhão de Esportes Fernando Martín, o Real Madrid
saia com o quinteto inicial formado por Sergio “El Chacho” Rodriguez, K.C.
Rivers, Jeff Taylor, Felipe Reyes e Willy Hernángomez.
Depois de quase cinco anos, os da Fuenlabrada conseguiram
uma vitória sobre o Real Madrid. É um derby, a rivalidade é evidente e extrema
para os dois lados. Apesar das proporções em questão de elenco, história,
títulos e poderio financeiro, em quadra sempre são cinco contra cinco. E dessa
vez a raça dos nossos primos pobres falou mais alto. Incrível como a ausência
de Sergio Llull e Rudy Fernandez tem feito uma diferença gigantesca numa equipe
que mesmo com um leque de possibilidades e escalações enorme, não consegue se
organizar em quadra.
Chacho tem oscilado de uma maneira negativa, apesar dos
números falarem o contrário (11 pontos e 11 assistências). Na partida, o único
que o acompanhou pontuando fora do garrafão foi Rivers, e o americano não
esteve em sua melhor noite. O início foi igualado, com os ânimos em alta.
Faltas, intensidade, agressões, e o placar parcial marcando 22-22 ao fim do
quarto.
No início do segundo quarto foi a vez de Gustavo Ayón
começar jogando e tomar a iniciativa, liderando o Real Madrid a uma vitória
parcial de 32-39 com seus 14 pontos e 4 rebotes anotados nesse quarto. Mas,
quando as coisas pareciam começar a dar certo, a rotação não ajudava. Carrol
não pôde suprir a Chacho na rotação, fazendo uma de suas piores partidas na
temporada (-4 de valoração). Parcial de 11-1 dos donos da casa, e o segundo
quarto terminava com um 47-49.
A segunda etapa começo favorável aos donos da casa e aos
seus contra-ataques velozes. Destaque e elogios para o trio Josip Sobin, Ivan
Paunic e Marko Popovic, que desconcertaram a defesa merengue. Nocioni e
Maciulis (em grande partida) foram ao resgate. O argentino teve uma atuação de
gala, finalmente livre das lesões que atrapalharam seu início de temporada
(embora a noite fosse manchada por faltas e uma agressão desnecessária). 21
pontos, 4 rebotes e muita disposição para conduzir o Real Madrid a uma parcial
de 74-72 ao fim do terceiro quarto. Ficava tudo para o final.
E no final, um garrafão apagado e um perímetro que
falhava mais do que acertava foram cruciais. No tudo ou nada, o Fuenlabrada
levou a melhor, e a vitória. Temos o melhor elenco do mundo (leia-se “fora os
Estados Unidos”), e o melhor técnico. Algo não está funcionando, e algo precisa
ser feito com urgência.
FICHA TÉCNICA
MONTAKIT
FUENLABRADA 91 (22+25+21+23): Tabu (4),
Popovic (15), Paunic (18), Wear (11) e Sobin (24) –cinco inicial- A. Urtasun
(3), Úriz (6), Stevic (5), Sanz (-), Llorca (3), González (2) y Smits (-).
REAL
MADRID 85 (22+27+13+23): Sergio
Rodríguez (11), Rivers (12), Taylor (6), Reyes (2) e W. Hernangómez (4) -cinco
inicial- Carroll (3), Maciulis (8), Doncic (0), Ayón (16), Ndour (2) y Nocioni
(21).
Por Kelvim Valente.