Bom, uma hora iríamos perder uma Final Europeia...
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Na
tarde de hoje, dia 15 de agosto de 2018 o Real Madrid teve sua primeira partida
oficial na temporada 2018-2019 disputando contra o Atlético de Madrid a
Supercopa da Europa. Apesar da sinfonia do desastre que foi a defesa, o Real Madrid jogou bem durante os noventa minutos de uma partida que foi para a prorrogação. Vitória? Pois bem...
Os titulares da partida de hoje (as.com) |
O JOGO:
Essa primeira partida tinha uma importância que ia além do normal. Não era apenas um derby com o Atleti, ou a disputa contra a equipe vencedora da Liga Europa da UEFA. Era a primeira partida oficial após a saída de Cristiano Ronaldo. Afinal, gostando ou não dele, foram nove anos à frente do ataque do Real Madrid, sendo o franchise player da equipe da capital espanhola. O surgimento de dúvidas entre os torcedores sobre como o time se comportaria é algo totalmente compreensível, afinal, a pós-temporada foi marcada pela saída de um jogador coroado melhor do mundo quatro vezes com a camisa branca. Da mesma forma, foi a primeira partida oficial após a saída do tecido Zinedine Zidane, com a equipe agora sob o comando do espanhol Julen Lopetegui.
No
primeiro tempo, com exceção ao desastroso minuto inicial onde Sergio Ramos e
Varane simplesmente deixaram o caminho livre para Diego Costa abrir o placar,
pode-se dizer que fomos muito bem apresentados ao novo Real Madrid: posse de
bola, pressão defensiva, passes rápidos e jogo coletivo. Principalmente jogo
coletivo, assim como na pré-temporada. A forma de remediar a saída do português
não se traduziu na formula simples e óbvia de “comprar um jogador de peso e
jogar a responsabilidade pra ele”, mas sim na utilização dos jogadores que já
estavam presentes no elenco da melhor forma possível. Isco, Asensio, Bale e Benzema
se transformam nos pilares ofensivos da equipe, e, como eles tem jogado bem.
Bale corre livre alternando pelas laterais, Asensio cumpre uma função tripla ao
tanto jogar pela ponta esquerda, mover-se para o meio complementando o jogo de
Isco, ou indo ao ataque onde tabela com Benzema. Isco é o meio campista que
esse time precisa, e que ele joga quando está inspirado é algo sensacional de
se ver. E Benzema? O contestado francês sempre cumpriu um papel de apoio e
suporte ao jogo de Cristiano, e agora sem precisar carregar esse peso nas
costas demonstrou que está em uma ótima forma, tanto fisicamente ao vencer
adversários na corrida e se destacar pela velocidade ao atacar e recuar, quanto
por ser decisivo.
A
primeira grande chance surgiu aos 17 minutos após uma jogada de Marcelo que foi
finalizada com um chute de Asensio. Oblak operou um milagre evitando o chute e
conseguindo tirar a bola do alcance de Benzema que vinha para completar a
jogada. E falando no francês, aos 26 trouxe o gol do empate, cabeceando a bola
cruzada por Bale. Aos 28 foi quase a vez de Asensio (de novo), avançando em
velocidade e despejando um chute colocado que, cuidadosamente, foi pra fora a
poucos centímetros a trave esquerda do goleiro esloveno. O restante do primeiro
tempo se traduziu nos pilares do jogo imposto pelo técnico Julen Lopetegui: posse
de bola, pressão defensiva, jogo coletivo. Os blancos dominaram o restante do período, mas, o domínio não se
traduziu no gol da virada.
O
segundo tempo começou e com ele voltou a pressão, passes rápidos e um sistema defensivo
que realmente parece funcionar. Dessa vez a equipe defende em conjunto, e é
comum vermos até mesmo Benzema, que teoricamente seria o mais avançado recuar
até a metade do campo para compor a marcação. Também temos atuações honrosas de
Carvajal e Marcelo, seja por serem jogadores de muito talento, ou pelo nível
apresentado por seus respectivos reservas imediatos.
A
primeira substituição veio aos 57 minutos, com Luka Modric entrando em campo no
lugar de Marco Asensio. E logo aos 61, em cobrança de escanteio houve a
marcação de pênalti a favor do Real Madrid após Juanfran desviar a bola com o antebraço.
Sergio Ramos na cobrança, 2 a 1 no placar.
Não
demorou para que Oblak fosse novamente acionado, com um chute à queima-roupa de
Benzema após um contra-ataque puxado por Isco. Aliás, desde o primeiro fatídico
gol do Atlético, Navas foi exigido apenas aos 73 minutos. Até então ele só
chutou tiros de meta (e ao que parece fez a barba). Aos 76 minutos foi Dani
Ceballos a entrar em campo no lugar de Casemiro que não fez uma partida lá tão
boa, infelizmente. E como gostamos de emoção, aos 78 minutos em uma jogada
senacionalmente RUIM do Marcelo, Diego Costa consegue chutar limpo pro gol e
igualar o placar.
Lucas
Vázquez foi a última substituição, entrando em campo no lugar de Isco aos 83
minutos. E essa parte final do segundo tempo foi marcado por passes errados,
desespero, talvez preferência por se esperar a prorrogação.
E
falando em prorrogação... Esqueçam tudo que eu elogiei, pois foi um verdadeiro
pandemônio finalizado com dois gols do Atlético de Madrid.
PLACAR FINAL:
(as.com) |
SUBSTITUIÇÕES:
Modric (56', Marco Asensio), Correa (56',
Griezmann), Vitolo (70', Rodrigo), Dani
Ceballos(75', Casemiro), Lucas
Vázquez (82', Isco), Thomas (90',
Lemar), Mayoral (101', Kroos), Giménez (108', Diego
Costa)
CARTÕES AMARELOS:
Marco Asensio (34'), Marcelo (53'), Correa (59’), Diego
Costa (61'), Dani
Ceballos (90'), Modric (100'), Vitolo (107'), Sergio
Ramos (111')
GOLS:
0-1, 0': Diego
Costa, 1-1, 26': Benzema, 2-1, 62': Sergio
Ramos, 2-2, 78': Diego
Costa, 2-3, 97': Saúl, 2-4, 103': Koke