Ganhar do CSKA? Na Rússia? Não dessa vez...
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Nessa última quinta-feira, dia
07/01, tivemos nossa primeira partida fora de casa valendo pelo Top 16 da
Euroliga de Basquete. E, dessa vez o resultado não foi positivo, embora
previsível. O Real Madrid caiu novamente em Moscou, contra um velho conhecido:
CSKA. Ao menos, era uma derrota esperada. Tem sido tradição vencer o CSKA em
casa, e perder na Rússia, embora a derrota tenha deixado as deficiências do
elenco ainda mais visíveis.
A PARTIDA
Os de Pablo Laso tinham em sua
formação inicial Sergio “El Chacho” Rodriguez,
Jonas Maciulis, K.C. Rivers, Trey Thompkins e Gustavo Ayón.
Tudo começou muito igualado, e um ritmo intenso, o primeiro quarto terminou com um placar parcial de 22-20. O Real Madrid iniciou forte, se impondo, e inclusive conseguindo uma parcial de 8-13, infelizmente quebrada pelos russos ao marcarem um 14-7. Freeland, com 4 pontos e 4 rebotes guiou o CSKA, que pontuava facilmente com de Colo e Milos Teodosic. O prejuízo foi pouco, iniciando o segundo quarto com apenas dois pontos de desvantagem. Até aqui, tínhamos 8 pontos de K.C. Rivers, 6 de Ayón e um Chacho comandando e organizando o Madrid com 5 assistências.
Tudo começou muito igualado, e um ritmo intenso, o primeiro quarto terminou com um placar parcial de 22-20. O Real Madrid iniciou forte, se impondo, e inclusive conseguindo uma parcial de 8-13, infelizmente quebrada pelos russos ao marcarem um 14-7. Freeland, com 4 pontos e 4 rebotes guiou o CSKA, que pontuava facilmente com de Colo e Milos Teodosic. O prejuízo foi pouco, iniciando o segundo quarto com apenas dois pontos de desvantagem. Até aqui, tínhamos 8 pontos de K.C. Rivers, 6 de Ayón e um Chacho comandando e organizando o Madrid com 5 assistências.
Mas, o que parecia fácil, se
complicou mais. O CSKA não encontrou dificuldade para seguir marcando, baseado
na efetividade defensiva de Vorontsevich e na ofensividade de Nando de Colo (13 pontos). Turnovers, defesa
fraca... Tudo contribuía e facilitava o trabalho dos russos, embora aos trancos
e barrancos o Madrid não se rendesse. Foi das mãos de Luka Doncic, através de
três acertos da linha de três, que o prejuízo foi amenizado, não permitindo aos
russos deslancharem no marcador. Fim de quarto, placar parcial de 42-41.
Os problemas e a fragilidade
defensiva ficou evidente no terceiro quarto, afinal, os de Moscou impuseram uma
parcial de 8-0. O técnico Pablo Laso retomou o quinteto titular, mas parecia
impossível parar a dupla De Colo (28 pontos) e Teodosic (23). A vantagem na
casa dos dez pontos foi mantida até que a tendência mudasse graças a Chacho,
que marcou 6 pontos e distribuiu 13 assistências no total. O Real Madrid tinha
vida, terminando o quarto com 71-64.
Entretanto, no período final
não houve o que fazer. Assim que Teodosic, marcando como se não houvesse
defesa, impôs uma vantagem na casa dos 15 pontos, já não existia reação. Menção
honrosa para K.C. Rivers e seus 23 pontos, que pôde conduzir ofensivamente um
Real Madrid que parece perdido. Gustavo Ayon, com um double-double (14 pontos +
10 rebotes) pôde vencer Kyle Hines (14 pontos +
rebotes) dentro do garrafão, mas, não foi o suficiente. Final, 95-81.
DEFESA, ROTAÇÃO, PROBLEMAS
Sempre os mesmos problemas.
Talvez, estes pudessem ser justificados com as saídas de Ioannis Bourussis ou
de Marcus Slaughter, que vivem excelentes fases em suas novas equipes. Mas, eu
vejo nosso garrafão mais forte. Contamos com Gustavo Ayon, que se adaptou
perfeitamente na posição 5, e na 4 um revezamento muito eficiente entre Reyes e
Nocioni. Esse, inclusive, foi o garrafão com o qual vencemos tudo na temporada
passada, e ainda revitalizado com a chegada do excelente Guillermo Hernangomez,
que chamou atenção a ponto de já ser draftado pelo New York Knicks.
Então, onde está o problema?
Pessoalmente, eu vejo que sofremos com as lesões, evidentemente (Rudy é o
grande jogador desse time, e seu sacrifício em quadra foi sentido, enquanto
Llull sempre pontua e é crucial na defesa), mas também com as novas
contratações. Jonas Maciulis, já em seu segundo ano de Real Madrid, não parece
se encontrar na equipe. Sempre sério e importante na defesa, parece
desaparecer. Inclusive, as chegadas de Jeff Taylor e o retorno de Rivers
parecem ter sentenciado o lituano, que nem ofensivamente é produtivo como
antes. Sempre gostei do basquete de Jeff Taylor, aliás, e de início gostei
muito de Trey Thompknis. Mas, onde estão esses caras pra defender? Precisamos
contar com o sacrifício de Nocini, Reyes e Ayon, porque os recém-chegados
apenas se preocupam em pontuar. E, nem mesmo no ataque Thompkins tem sido
produtivo...
Não vejo importância em ter
Ndour na equipe. O camaronês veio badalado do Dallas Mavericks, buscando
experiência fora do país, e tem servido apenas para “roubar” minutos de
Hernangomez. Espero que a partida tenha sido vital para essa percepção, pois o
espanhol tem muito mais a contribuir em disposição e habilidade.
RIVERS E AYON, OS HERÓIS DA
NOITE
Confesso que tenho me
decepcionado com a produção ofensiva do Real Madrid. Felizmente, as lesões
parecem justificar esse problema, e não uma queda de produção da equipe. Chacho
é um jogador incrível, mas sozinho pouco produz. O armador geralmente entra em
quadra acompanhado do mallorquino Sergio Llull, e lá se completam. Chacho com assistências,
Llull com pontos. Com a ausência de Llull, Chacho se sobrecarrega, e precisa
fazer tudo. Não parece existir um substituto para Llull. A queda de produção da
nossa máquina de cestas de três, Jaycee Carroll e a ineficiência de Maciulis
comprovam isso.
A surpresa positiva veio
através de Rivers. Mais maduro e completo, o americano vem conduzindo o Real
Madrid no ataque. 23 pontos, 4/5 da linha de três, e muita movimentação em
quadra. Ao lado do mexicano Ayon, foi o líder da equipe na partida. E espero
que, quando as lesões já não sejam problema e tenhamos o elenco completo, esses
dois se fortaleçam ainda mais.
E, o que falar de Luka Doncic?
12 pontos e 5 assistências em 13 minutos em quadra. O menino prodígio vem sendo
lapidado para se tornar um dos grandes destaques dessa equipe. Nem tudo foi ruim, a partida não foi um desastre completo. Mas, temos muito a melhorar.
FICHA TÉCNICA
CSKA MOSCOU 95 (22+28+21+24): De Colo (28), Higgins (2), Fridzon (7), Nichols
(2) e Freeland (8) –cinco inicial- Kulagin D. (-), Teodosic (23), Korobkov (0),
Vorontsevich (11), Kulagin M. (0), Kurbanov () y Hines (14).
REAL MADRID 81 (20+21+23+17): Sergio Rodríguez (6), Maciulis (4), Rivers (23), Thompkins
(5) e Ayón (14) -cinco inicial- Taylor (4), Ndour (2), Reyes (2), Nocioni (7),
Hernangómez (-), Doncic (12) y Carroll (2).
Por Kelvim Valente.